
Delegado de Polícia e o Direito Criminal - 2ª edição
Marca: Editora JH Mizuno
Delegado de Polícia e o Direito Criminal - 2ª edição
Edição: 2ª
Autor: Francisco Sannini
Acabamento: Brochura
ISBN: 9788577896134
Ano de Publicação: 2025
Formato: 16x23
Páginas: 392
Peso: 700 gr
Esta obra é fruto de anos de experiência na atividade de Polícia Judiciária, bem como de intensos estudos relacionados às atribuições do cargo de Delegado de Polícia. É interessante destacar que no início da nossa carreira, no ano de 2009, era extremamente deficiente a doutrina envolvendo o dia a dia nas Delegacias de Polícia e existiam poucos doutrinadores na carreira policial.
Hoje, todavia, o cenário é absolutamente distinto e, cada vez mais, acompanhamos brilhantes Delegados de Polícia se destacando no meio jurídico, inclusive sendo citados como referência no Supremo Tribunal Federal. E aqui fazemos questão de dividir com os leitores algo que tivemos o privilégio de acompanhar e - o que é mais importante! - participar. Esse engajamento de Delegados de Polícia no universo acadêmico vem promovendo uma verdadeira revolução no sistema de Justiça Criminal e, sobretudo, na atividade investigativa.
Foi a partir de 2009 que temas antes parcamente estudados pela doutrina convencional passaram a receber um tratamento técnico-jurídico adequado, tais como a aplicação do princípio da insignificância pelo Delegado de Polícia, a possibilidade de análise de excludentes de ilicitude na prisão em flagrante, o indiciamento, Portaria inaugural de inquérito policial, capacidade postulatória da Autoridade Policial etc.
Mas foi no estudo da Investigação Criminal que nós observamos o avanço mais significativo, especialmente no que tange ao inquérito policial, principal instrumento de apuração de infrações penais no Brasil. Isso fica evidente ao analisarmos os rótulos que a doutrina clássica impunha ao inquérito policial, mas que hoje estão sendo revistos à luz dos princípios constitucionais e de tratados e convenções internacionais.
Se antes não se falava em contraditório e ampla defesa na investigação criminal, hodiernamente esses valores vêm sendo constantemente reforçados, seja pelos responsáveis pela apuração, seja pelo próprio legislador. Na verdade, percebe-se que a nova doutrina de Polícia Judiciária vem influenciando todas essas inovações e, cada vez mais, reforçando a premissa de que o investigado é sujeito de direito e não objeto de direito.
Foi justamente com a finalidade de reunir numa única obra todos os temas pertinentes ao cargo de Delegado de Polícia e que englobam o denominado Direito de Polícia Judiciária, que surgiu este projeto. Aqui o leitor vai encontrar questões recorrentemente cobradas em concursos policiais, mas, ao mesmo tempo, terá condições de se qualificar para o cargo de Delegado de Polícia, não sendo exagero dizer que este livro servirá como uma espécie de manual para a carreira.
Esperamos que com este projeto nós possamos qualificar ainda mais a investigação criminal no país e, naturalmente, mitigar a sensação de impunidade que fomenta o ímpeto dos criminosos!
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1
DEVIDA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL CONSTITUCIONAL
Considerações Gerais
Investigação Preliminar no Sistema Brasileiro: Inquérito Policial
Investigação Criminal: uma ciência à serviço da Justiça
CAPÍTULO 2
FUNCIONALISMO DA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL
Função Preparatória ou Persecutória
Função Preservadora (Filtro Processual)
Função Reveladora do Fato Oculto (Redução das “Cifras Negras”)
Função Simbólica
Função Restaurativa ou Satisfativa
CAPÍTULO 3
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL PROSPECTIVA
CAPÍTULO 4
MODELOS DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL: JUIZ INSTRUTOR, PROMOTOR INVESTIGADOR E POLÍCIA INVESTIGATIVA
Modelo do Juiz de Instrução
1.1 Vantagens do Juizado de Instrução
1.2 Desvantagens do Juizado de Instrução
Modelo do Promotor Investigador
2.1 Vantagens do Promotor Investigador
2.2 Desvantagens do Promotor Investigador
Modelo da Polícia Investigativa (Sistema Inglês)
3.1 Vantagens da Polícia Investigativa
3.2 Desvantagens da Polícia Investigativa
Conclusão
CAPÍTULO 5
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL CONDUZIDA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO E SUA (I)LEGALIDADE
Introdução
A problemática da Investigação Ministerial
Limites do Poder Investigatório do Ministério Público
CAPÍTULO 6
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL PRIVADA
Considerações Gerais
Investigação Criminal Defensiva
CAPÍTULO 7
POLÍCIA JUDICIÁRIA ESTÁ FUNCIONALMENTE VINCULADA AO SISTEMA DE JUSTIÇA CRIMINAL
Segurança Pública como dever de concretização de um Estado Democrático de Direito
Da Segurança Pública como um direito fundamental
Da atividade de Polícia Judiciária
CAPÍTULO 8
DELEGADO DE POLÍCIA E SUAS FUNÇÕES MATERIALMENTE JUDICIAIS
Persecução Penal no Brasil
Delegado de Polícia: o Juiz da Fase Pré-Processual
Delegado de Polícia e o Controle de Constitucionalidade
CAPÍTULO 9
DELEGADO DE POLÍCIA E SUA INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL
CAPÍTULO 10
PRINCÍPIO DO DELEGADO DE POLÍCIA NATURAL E A LEI 12.830/13
Introdução
Princípio da Inamovibilidade Relativa do Delegado de Polícia
CAPÍTULO 11
PODER REQUISIÓRIO DO DELEGADO DE POLÍCIA
Introdução
Requisição de Dados Cadastrais
Requisição de Dados Telefônicos
CAPÍTULO 12
DA CAPACIDADE POSTULATÓRIA DO DELEGADO DE POLÍCIA
Considerações Gerais
Representação do delegado de polícia e sua (des)vinculação ao parecer do Ministério Público
CAPÍTULO 13
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL, CONTRADITÓRIO (POSSÍVEL) E AMPLA DEFESA
CAPÍTULO 14
INQUÉRITO POLICIAL E SEUS RÓTULOS: UMA REVISÃO NECESSÁRIA
CAPÍTULO 15
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL E O SIGILO NECESSÁRIO AO ESCLARECIMENTO DA NOTITIA CRIMINIS
Introdução
Investigação Criminal em Sentido Estrito e em Sentido Lato
CAPÍTULO 16
PORTARIA INAUGURAL DO INQUÉRITO POLICIAL
Introdução
Inquérito Policial: contextualização
Formas de Instauração de Inquérito Policial
Requisitos da Portaria
Procedimento de Verificação Preliminar de Informações (VPI) ou Investigação Preliminar Sumária
Conclusão
CAPÍTULO 17
INDICIAMENTO POLICIAL
Introdução
Indiciamento: momento e consequências jurídicas
Ato privativo do delegado de polícia
Sujeito Passivo do Indiciamento
Indiciamento e o Artigo 17-D da Lei de Lavagem de Capitais
Indiciamento e infrações de menor potencial ofensivo
Espécies de indiciamento
7.1 Indiciamento Material (Criptoindiciamento?)
7.2 Indiciamento Formal
7.3 Indiciamento Coercitivo
7.4 Indiciamento Indireto
7.5 Indiciamento Complexo
Indiciamento e o Princípio da Presunção de Inocência
CAPÍTULO 18
VALOR PROBATÓRIO DO INQUÉRITO POLICIAL
Considerações Gerais
Valor Probatório do Inquérito Policial
Provas e elementos de informações
Confissão Extraprocessual e seu Valor Probatório
CAPÍTULO 19
POLÍCIA MILITAR E AS ATIVIDADES DE POLÍCIA INVESTIGATIVA E JUDICIÁRIA: CONSTITUCIONALIDADE
Introdução
Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Militar
Da Ilegalidade do Cumprimento de Mandado de Busca e Apreensão pela Polícia Militar
Da ilicitude da prova oriunda de diligências investigatórias realizadas pela Polícia Militar
Do crime de usurpação de função pública
CAPÍTULO 20
TERMO CIRCUNSTANCIADO E SUA NATUREZA JURÍDICA
Introdução
Termo Circunstanciado é um Procedimento Simplificado de Investigação Criminal
Termo Circunstanciado e Relatório Final de Investigação
CAPÍTULO 21
ATIVIDADE POLICIAL, PODER JUDICIÁRIO E O DIREITO FUNDAMENTAL À SEGURANÇA PÚBLICA
CAPÍTULO 22
ABORDAGEM POLICIAL É INSTRUMENTO PARA ASSEGURAR DIREITOS FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO 23
TEORIA DA PERDA DE UMA CHANCE PROBATÓRIA NA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL
Introdução: Devida Investigação Criminal Constitucional
Perda de uma chance probatória e as técnicas subsidiárias de investigação
CAPÍTULO 24
TÉCNICAS ESPECIAIS DE INVESTIGAÇÃO E O COMBATE À CORRUPÇÃO
Introdução
Técnicas Especiais de Investigação Criminal
Colaboração Premiada
Captação Ambiental
Infiltração de Agentes
Conclusão
CAPÍTULO 25
AGENTE INFILTRADO E AGENTE DISFARÇADO: DISTINÇÕES
REFERÊNCIAS